quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Fernando Bezerra Coelho entre a frustração e o sonho

fbcAo se apresentar para a disputa da Prefeitura do Recife, o ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB) não apenas pôs fogo no processo sucessório da capital.
Evidenciou acima de tudo a retomada do projeto que acalenta desde o início da carreira, nos anos 1980: conquistar, nas urnas, um cargo majoritário em nível estadual.
Em busca do sonho, o homem que hoje comanda a pasta da Integração Nacional, trocou de partido pelo menos quatro vezes e transitou entre blocos antagônicos que deram as cartas no estado nesse período.
Agora, respaldado pelo PSB do governador Eduardo Campos, zarpou do Sertão do São Francisco, onde foi prefeito de Petrolina por três mandatos, e desembarcou na capital.
Com o título eleitoral transferido para o Recife, coloca-se outra vez diante do desafio de estar no lugar certo e na hora certa.
Das várias tentativas vistas por muitos como projetos frustrados ele admite que pelo menos duas lhe causaram decepção.
A primeira se deu em 2002, quando esperava contar com o apoio do PT para disputar o governo do estado. A segunda é mais recente. Ocorreu no ano passado ao ser preterido na corrida ao Senado.
“Houve uma expectativa em 2002, pois fiz aliança com o PT (2000). Mas aí o fato maior foi a eleição de João Paulo (no Recife). E a junção de forças políticas se alterou radicalmente no estado. Aí a gente teve que adiar”, lembra.
“Na eleição de 2010, a gente de fato se posicionou para viabilizar a candidatura ao Senado. Evidentemente a gente foi contrariado, mas a decisão política (lançar Humberto e Armando) foi acertada. Eduardo teve uma vitória expressiva. Elegeu os dois senadores, vinte deputados federais”, arremata. (informações do Diario)

Gonzaga Patriota pede pressa na votação do projeto de sua autoria que divide o Estado da Bahia em dois

informações de Inaldo Sampaio | Em: Blog, O Nordeste

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O deputado Gonzaga Patriota (PSB) vai pedir ao presidente da Câmara, Marco Maia, que ponha em votação o projeto de sua autoria que divide o Estado da Bahia em dois.
Patriota tomou a decisão pelo fato de o TSE ter marcado o plesbiscito sobre a divisão do Estado do Pará em três para o dia 11 de dezembro próximo.
Naquela data, os paraenses irão decidir se aprovam ou não a criação de mais dois estados: Tapajós e Carajás.
O projeto de Gonzaga Patriota sugere que o Estado da Bahia seja dividido em dois. A parte que seria desmembrada passaria a se chamar “São  Francisco”, área que já pertenceu a Pernambuco no século XIX. O novo estado teria 154 mil quilômetros quadrados e 35 municípios.
Argumento do parlamentar: “Vi Tocantins crescer, acompanhei o projeto desde o início. O local era uma área abandonada mas depois da separação (de Goiás) se desenvolveu bastante. Queremos trazer este exemplo para aquela região da Bahia”.

Internautas espalham em mídias sociais logomarca "FBC é Recife"

Reprodução Internetalt


As movimentações do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho – após sua transferência de domicílio eleitoral para o Recife e as críticas diretas à gestão do prefeito João da Costa (PT) -, ganham um elemento a mais com a repercussão na internet.
Militantes e simpatizantes do socialista de Petrolina já espalham pelas mídias sociais a nova versão da logomarca que foi criada para a campanha de Eduardo Campos em 2010. Uma prova de que os militantes de Bezerra Coelho já começam a aquecer o clima de pré-campanha ainda indefinido na capital pernambucana, mas que promete ser uma das mais emocionantes dos últimos tempos.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Líder da emancipação de Carajás, renova desafio aos contras

O deputado João Salame Neto (PPS), líder da Frente Pró-Estado de Carajás, esperou 24 horas além do prazo que deu aos parlamentares adversários à criação de duas unidades federativas a partir do atual território do Pará – Carajás e Tapajós -, para renovar o desafio que fizera no início da semana passada.
Salame, numa entrevista ao Jornal do SBT, ancorado por Nielson Martins e numa palestra a estudantes de Administração de uma Universidade de Belém, disse que se os adversários de Carajás conseguissem convencer o governador Simão Jatene a dar o aumento de R$ 66,00 aos professores da rede pública estadual, que estavam em greve há quase dois meses, para conseguir o piso nacional de salário (R$ 187,00) e contratasse 1,5 mil policiais para o sul e sudeste do Pará, para fazer frente à violência que campeia naquela região, renunciaria o seu mandato de deputado estadual e abandonaria a Frente Pro-Carajás, passando a lutar pela manutenção do Pará como se conhece hoje. O desafio foi endereçado ao presidente da Frente do Não, deputado federal Zenaldo Coutinho (Licenciado). Coutinho foi chefe da Casa Civil do governador e mantem estreitas ligações com Simão Jatene.
Salame havia estipulado até a sexta-feira passada para que os contrários a Carajás e Tapajós se manifestassem, mas já sabia antecipadamente que isso não aconteceria. “O governo não tem como dar esses míseros R$ 66,00 de aumento a cada professor porque não tem dinheiro, Se der, acaba de quebrar o Estado. Jatene não dá porque não pode. Ana Júlia não deu porque não pôde, e Almir Gabriel também não deu pela mesma razão. Por isso, não devemos continuar com essa demagogia de que tudo vai melhorar. Só vai melhorar quando vier mais recursos da União e isso só ocorrerá quando tivermos mais duas unidades federativas para trazer mais cotas do FPE (Fundo de Participação dos Estado) para a região. Só não vê quem não quer ver. O Pará atual recebe R$ 2,9 bilhões. Com a divisão, passará a receber R$ 5,9 bilhões. Só com o que economizará por não ter que investir nas áreas emancipadas representa 15 vezes a a sua capacidade de investimento com recursos próprios hoje, que é da ordem de R$ 187 milhões, segundo um secretário do próprio governo”.
Salame, sábado passado, renovou o desafio e preveniu os defensores de Carajás para que não espere resposta, porque a equação do desenvolvimento proposta pelos defensores do “Pará grande e pobre” não tem solução.
O deputado participou, domingo, de uma carreatas do SIM (77) pelas principais ruas de Belém e ficou satisfeito com a manifestação de apoio de boa parte da população. “É natural que, em Belém, as pessoas sejam contra. Muitas delas são sabem aonde fica a Serra do Cachimbo, Floresta do Araguaia, Gurupá ou Anajás, e, bem ou mal, tem atendimento médico mais perto, segurança pública mais visível. Agora, quem mora fora da Área Metropolitana de Belém não tem nada disso e sua esperança está na presença do governo mais perto, com mais saúde, mais educação, mais segurança pública.
O Pará, todo mundo sabe, é um estado continental mas pobre, por isso difícil de ser administrado. Não há dinheiro, por mais boa vontade que os governantes tenham. Nós não estamos apregoando que com a divisão o sul e sudeste do Pará vão se transformar numa Califórnia ( o estado americano mais rico) do dia para noite, mas que vai melhorar vai. Melhorou bem no Tocantins, no Mato Grosso e no Amapá. O que estamos propondo é que o povo em geral deixe de passionalismo e discuta a questão com a razão pois a divisão vai ser boa para todos. Haverá mais dinheiro, menor espaço territorial e mais presença de governo para combater violência, falta de médicos, de defensores públicos, delegados, policiais etc. Também, os órgãos federais vão ter que se adequar à nova realidade, criando delegacias, representações e reforçando a sua presença. Representa isso mais emprego, mas dinheiro injetado na região. Não razão para ninguém ser contra”.
Nesta semana, Salame visitou Anajás e Portel, no arquipélago de Marajó, levando a mensagem da frente que preside. Foi mostrar a prefeito e vereadores que todos os municípios vão ter aumentadas as suas cotas do Fundo de Participação dos Municípios.
Com Informações do Emancipa Ceará

Reforma política – cidades acima de 100 mil eleitores poderá ter 2º turno


O relator da Comissão Especial da Reforma Política, deputado Henrique Fontana (PT-RS), afirmou nesta quarta-feira (23) que acatou parcialmente cinco das 81emendas oferecidas a seu parecer, apresentado dia 26 de outubro. Entre as novidades no texto, está o aumento do número de cidades que terão 2º turno nas eleições e a flexibilização da regra de domicílio eleitoral para candidatos a prefeito.
Fontana aceitou proposta do deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR) que prevê 2º turno nas cidades com mais de 100 mil eleitores – hoje só ocorre nos municípios com mais de 200 mil eleitores. O relator também incluiu a autorização para que um candidato possa concorrer a prefeito em uma cidade diferente da que possui domicílio eleitoral, desde que seja no mesmo estado.
O deputado afirmou ter acatado algumas das propostas da emenda substitutiva global apresentada pelo deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), inclusive o detalhamento do financiamento público exclusivo de campanha, eixo fundamental do seu relatório.
Também foram acolhidas as propostas de aumento de 10% para 20% do tempo de propaganda partidária gratuita dedicado à participação política feminina e de reserva de 10% para participação de jovens. Além disso, segundo o novo texto, os candidatos ficam proibidos de pagar as despesas dos convencionais de seu partido e os candidatos a vice devem participar, obrigatoriamente, da propaganda eleitoral gratuita.
Fontana aceitou ainda parte de emenda da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) e incluiu no texto a possibilidade de os projetos de iniciativa popular terem coleta de assinatura pela internet.
Por último, o relator reduziu a idade mínima para concorrer ao Senado, que passou de 35 para 30 anos. A proposta foi do deputado Luciano Castro (PR-RO). 
com informações: 'Agência Câmara de Notícias'

Segundo Idesp, estados nasceriam deficitários


Além de toda a discussão sobre a viabilidade econômica da divisão do Estado do Pará e a criação dos Estados de Carajás e Tapajós, a previsão é que haja, caso a ideia de separação seja efetivada, uma crise a ser desencadeada com os outros Estados brasileiros em relação à representatividade parlamentar. É o que prevê um estudo desenvolvido pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp). 
Segundo o órgão, a criação de novas unidades territoriais tem também forte significado no pacto federativo, e ainda que a consulta plebiscitária seja um passo inicial nesse processo, é importante a discussão das possíveis questões que interferem nas decisões futuras, com ênfase nos efeitos mais diretos da criação de dois novos Estados na federação e nas reações “além fronteira”.
De acordo com o Idesp, a se considerar que a Câmara dos Deputados tem um número fixo de 513 cadeiras, não será pacífica a redução da representação dos outros Estados da União como forma de atender aos efeitos de piso - a Constituição Federal fixa um piso de 8 e um teto de 70 deputados para cada unidade federada - e proporcionalidade populacional decorrentes da redivisão, a menos que por emenda constitucional.
Essa é apenas uma das diversas questões que devem ser analisadas e que precisam ser resolvidas em caso de divisão do Estado. Na última sexta, 25, o Idesp divulgou mais um estudo sobre os impactos possíveis a respeito da criação dos novos Estados.
Chamado de “(Di) Visões Territoriais Perspectivas Sociais, Econômicas, Financeiras e Ambientais”, o estudo do Idesp considerou aspectos legais e científicos que permitiram a organização, a avaliação e a sistematização de informações estatísticas e cartográficas, além de simulações da Despesa Total, da Arrecadação Total, dos Repasses do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), informações que somadas subsidiam a tomada de decisão da população no plebiscito do próximo dia 11 de dezembro de 2011.
O estudo do Idesp mostra que, além da questão política, que certamente deve ser uma das mais complicadas a serem resolvidas, os novos Estados nasceriam com déficit financeiro, teriam uma pressão muito grande sobre as reservas florestais - com grande possibilidade de aumento no desmatamento - e, pelo menos em relação ao Pará remanescente, haveria uma dependência substancial em relação à energia elétrica. 
Economias frágeis
Em relação à economia, o Pará sairia de uma realidade de superávit de R$ 277 milhões e passaria a um Pará remanescente com um déficit de R$ 778 milhões, situação idêntica aos dos novos Estados, com o Tapajós apresentando um déficit de R$ 964 milhões. A situação de Carajás seria ainda mais complicada, com o maior saldo negativo, estimado em R$ 1,9 bilhão.
O estudo do Idesp mostra que no que diz respeito ao equilíbrio financeiro, estimou-se uma despesa fixa de R$ 1,4 bilhão, independe do tamanho populacional e do PIB gerado pelo Estado. De acordo com o Instituto, a proposta de divisão não é relevante como solução para os problemas regionais existentes, pois apesar da possibilidade de incrementos nos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE), bem como do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para alguns municípios, o saldo entre receita e despesa seria deficitário.
Ainda de acordo com o levantamento feito pelo Idesp, esses desequilíbrios financeiros acarretariam sérias implicações para a construção da infraestrutura dos novos Estados, para o atendimento à população por equipamentos públicos referentes à educação, saúde, segurança e para os investimentos necessários à promoção do desenvolvimento econômico e social.
Isso porque a sustentação dos Estados não pode mais se dar como ocorreu nas divisões dos Estados de Mato Grosso e Goiás. O Idesp lembra que, no que se refere aos débitos existentes ou à situação de servidores públicos na implantação de novas unidades federativas, nada está equacionado e os exemplos mais recentes, referentes às divisões dos Estados de Mato Grosso e Goiás, não são parâmetros seguros.
Na criação de Mato Grosso do Sul, em 11 de outubro de 1977, pela Lei Complementar nº 31, no Governo Geisel, e no surgimento do Estado do Tocantins, no bojo da Assembleia Nacional Constituinte (art. 13º das Disposições Transitórias), foram garantidas em lei a responsabilidade da União nos débitos do Estado mãe e a implementação de programas especiais de desenvolvimento. Nada disso está presente nos decretos que propõem a divisão do Estado do Pará. 
Problemas  fundiár ios permanecerão, lembra estudo
Outro dado apontado pelo estudo do Idesp mostra que a própria situação fundiária do Pará é um entrave para cenários pós-divisão. “A discussão da federalização do território e da jurisdição dos entes federais no Estado do Pará é elemento essencial na proposta de divisão, na medida em que a jurisdição territorial dos ‘novos’ estados não altera essa ‘velha’ questão: Carajás e Tapajós nasceriam com a maioria das áreas sob o domínio da União [unidades de conservação de proteção integral, unidades de conservação de uso sustentável, terras indígenas e quilombolas, áreas militares e áreas sob responsabilidade do Incra]”, diz o relatório.
Carajás não teria jurisdição sobre 70,6% do seu território e o Tapajós não teria domínio sobre 72,2%. O Estado do Pará remanescente apresentaria 23,2% de seu território sob o controle da União. “Portanto, as dificuldades de gestão territorial do Pará unificado serão transpostas aos novos estados e aos seus municípios, no que se refere à definição de políticas de ocupação e uso do solo. Os municípios à margem da Transamazônica permanecem subordinados à autorização do Incra para gerir seu território. Da mesma forma, os municípios do sul e sudeste continuarão sem deter controle sob sua política agrícola, na medida em que os assentamentos foram e serão decididos pelo Ministério da Reforma Agrária e seu braço executivo, o Incra”, explica o estudo. 
com informações do Emancipa Ceará

Oeste segue na luta por novo Estado do São Francisco


Apesar do "balde de água fria" que foi a decisão do Supremo Tribunal Federal para que votem nos plebiscitos de emancipação todos os eleitores de um Estado, e não apenas os da região interessada, o deputado Herbert Barbosa assegura que não arrefece a luta para criação, no Oeste baiano, do Estado do Rio São Francisco.
 O assunto é tratado formalmente todas as quintas-feiras em reuniões do Comitê Marlan Rocha - uma homenagem ao falecido comerciante barreirense que encarnou o projeto de emancipação da região. Recentemente, foram programados eventos de mobilização em cidades-pólo, como Santa Maria da Vitória, Santa Rita de Cássia e, naturalmente, Barreiras.
Deputado observará plebiscito no Pará
Quanto à decisão do STF, o parlamentar explica que é um obstáculo muito grande ao novo Estado, porque o Oeste tem menos de 8% do eleitorado baiano, e numa votação de âmbito estadual seria muito difícil alcançar a maioria.
A situação é diferente no Pará, que realiza no dia 11 o plebiscito para decidir sobre a criação dos Estados de Carajás e Tapajós, cujos territórios reúnem 40% do eleitorado, dependendo de um apoio minoritário dos "paraenses" para vencerem a disputa.
O deputado Herbert Barbosa, que viajará ao Pará para acompanhar o plebiscito, entende que processo semelhante será realizado na Bahia, com base em um acordo de lideranças, como ocorreu para Carajás e Tapajós. "O difícil é conseguir colocar o projeto na ordem do dia da Câmara dos Deputados".
Renda e população se equivalem na região
Com todas as dificuldades, se chegar o dia em que a população baiana terá de votar pela separação ou não do Oeste, os emancipacionistas têm seu argumento estatístico para tirar dos baianos em geral a preocupação de perda econômica.
"O Oeste em 7% da população do Estado e 7% da produção", diz Herbert, mas frisando que o futuro é que será diferente. "Tocantins tinha o PIB de R$ 500 milhões quando foi fundado, há 23 anos, e hoje produz R$ 15 bilhões por ano". O PIB do possível Estado do Rio São Francisco é de R$ 10 bilhões.
O Estado do Tocantins captou no seu primeiro ano de existência R$ 3 bilhões para investir em infraestrutura. "Quando o governo baiano vai investir isso no Oeste?", pergunta o deputado, lembrando que no último ano, conforme dados da SEI, a região recebeu R$ 1,8 bilhão de uma previsão de R$ 2,5 bilhão. (Agência Web Bahia)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Coelho avisou a Dilma: disputa a prefeitura do Recife

Constituição não contém parâmetros técnicos para divisão territorial no Brasil

Reportagem
Por Cristiane Kampf
“A Constituição do país está nua”. Ou, no mínimo, muito maltrapilha. A carta magna do Brasil está despida de parâmetros técnicos que deveriam embasar os projetos de divisão territorial no país. Essa é a opinião do geógrafo José Donizete Cazzolato, pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole, especialista em cartografia e professor em geoprocessamento (análise dos aspectos de um território com base no cruzamento de mapas variados e dados numéricos). Cazzolato atuou decisivamente na divisão distrital do município de São Paulo (Lei 11220/92) e acaba de lançar o livro Novos estados e a divisão territorial do Brasil – uma visão geográfica, pela editora Oficina de Textos, o qual permite compreender melhor inúmeros aspectos ligados aos vários projetos de divisão territorial do Brasil em tramitação no Congresso Nacional. 
Segundo levantamento feito pelo geógrafo, trinta projetos de lei para divisão territorial foram acolhidos na Câmara e no Senado desde 1988, ano em que foi promulgada a Constituição. Se todos tivessem sido aprovados, teríamos três dezenas de novos estados no país. Entre eles estariam, por exemplo, os estados da Guanabara, do Maranhão do Sul, de São Paulo do Leste, de São Paulo do Sul, do São Francisco, do Pantanal, de Minas do Norte, do Triângulo, do Xingu, do Uirapuru, do Sul do Rio Grande do Sul e vários outros – além de, obviamente, os estados de Carajás e Tapajós, cujas emancipações serão votadas em plebiscito marcado para o dia 11 de dezembro deste ano. 
Um exemplo é o projeto de criação do estado de São Francisco, de autoria do deputado Oziel Oliveira (PDT – BA). O novo estado seria composto pela parte da Bahia que fica a oeste do rio São Francisco, com trinta e cinco municípios. Oliveira explica sua proposta afirmando que a distância média dos municípios até Salvador é de mil quilômetros. “A cidade de Barreiras, por exemplo, a mais populosa da região, fica a 600 km de Brasília, mas a 900km de Salvador. Além disso, a riqueza que o oeste da Bahia produz com algodão e soja, não retorna para a região. Essa região é do tamanho do estado do Paraná e não recebe atenção suficiente do governo do estado nem para pequenas demandas, imagina para algo maior, como hospitais ou infraestrutura de segurança pública”, completa. As razões apresentadas soam justas, mas podem não ser suficientes. Pela lógica defendida por Cazzolato, elas deveriam ser obrigatoriamente pautadas por critérios técnicos que determinassem, por exemplo, a dimensão máxima ou mínima permitida para o território a ser criado, assim como a maior equanimidade possível em relação aos estados da federação já existentes. Mas não são. E não são porque a Constituição não exige que sejam. 
A origem legal de todos os trinta projetos de divisão territorial já apresentados está no artigo cinco da Constituição de 1988, o qual estabelece a legitimidade das demandas de alteração territorial no país sem, contudo, definir regras claras para tanto. A partir daquele momento, qualquer deputado poderia encaminhar propostas de formação de novos estados conforme suas conveniências e prioridades sem, no entanto, precisar fundamentá-las em parâmetros técnicos, os quais, segundo Cazzolato, deveriam guiar qualquer proposta de (re)divisão de um território. O mapa abaixo, de autoria de Cazzolato, permite visualizar a localização dos projetos propostos: 
 
“Praticamente todos os projetos de divisão territorial em tramitação hoje na Câmara dos Deputados têm a marca da improvisação, do isolamento e da oportunidade política. Ou seja, não são projetos que levam em conta a integridade do arranjo federativo, da organização do país como um todo. Mas o grande problema é que a nossa atual legislação permite que isso aconteça. Na minha opinião, a Constituição é praticamente omissa na questão territorial: ela diz que o Brasil é formado por estados e por municípios, mas ela não diz quantos nem quais são eles, ou qual o tamanho ou população média que um estado deve ter”, afirma o geógrafo. Já esteve em tramitação, por exemplo, um projeto para a recriação do estado da Guanabara (que muita gente ainda apoia), constituído por um único município, e isso, segundo a Constituição, é perfeitamente legal. “Se o projeto do estado da Guanabara foi acolhido, então alguém pode entrar com um projeto para que a região de Santo Amaro, no município de São Paulo, se torne um estado, e ele também será aceito porque, a rigor, pela Constituição, isso é permitido”, provoca Cazzolato. “Projetos assim poderiam levar a federação brasileira a uma situação de desequilíbrio impossível de administrar”, completa. 
Uma das questões que mais se discute em relação à atual divisão territorial do país é a da representatividade no Poder Legislativo. O estado do Sergipe, por exemplo, que tem um território e uma população muito menores que a da Bahia, tem o mesmo número de senadores que seu estado vizinho, ou seja, há, ao mesmo tempo, uma sobre-representação dos sergipanos e uma sub-representação dos baianos no Senado – consequência política de uma divisão territorial aleatória. 
Surge, então, um questionamento: por que a Constituição é omissa? “A gente fica em dúvida se ela é assim por causa de um cochilo do legislador ou se é de propósito, para deixar uma ‘porteira aberta’. Agora, eu acho que essa porteira não poderia ficar aberta, porque a criação de um estado não é um mero projeto de uma questão restrita da vida nacional – ele é fundamental na composição de toda nossa sociedade. O estado é o repositório da nossa identidade, ele é uma instância de poder instituído, é uma coisa muito séria. Sem nenhum demérito dos deputados, mas qualquer projeto sem nenhuma estruturação, sem nenhuma amarração com o todo, sem nenhuma consistência, seja geográfica, econômica, histórica ou de identidade, é aceito pela lei atual, porque nós não temos nenhum parâmetro técnico para isso na Constituição”, constata Cazzolato. 
Dividir ou não dividir? Eis a questão 
Nelson Bacic Olic, geógrafo formado pela Universidade de São Paulo (USP) e um dos editores do Boletim mundo – geografia e política internacional, também ressalta a necessidade de se estabelecer regras técnicas claras para a criação, fusão ou emancipação de novos territórios no país. Ele afirma ainda que, no caso da criação de Carajás, assim como em muitos outros, estão em jogo interesses de fortes elites econômicas da região, e que o momento atual do país não é o mais indicado para se realizar nenhum tipo de divisão territorial. “Para se dividir qualquer estado, precisam ser levadas em consideração razões de ordem técnica, política, econômica, social e histórica. No que diz respeito à criação de Carajás, há, logicamente, as razões políticas e históricas, mas há outras razões também. Há o interesse de elites econômicas que querem se firmar, no contexto nacional, como elite política, ocupando mais cargos no Senado, e isso tem um custo para a federação”, avalia. 
Olic acredita que a divisão do Pará pode se tornar mais um foco de corrupção. “O governo federal já vai gastar uma quantia considerável para receber a Copa do Mundo e as Olimpíadas no país, sendo que a situação econômica mundial também não é das mais favoráveis”, observa. Além disso, na opinião dele, o mais urgente seria pensar na criação de estados no Amazonas, que é maior que o Pará e onde há um grande desequilíbrio de desenvolvimento: “A Zona Franca de Manaus concentra 60% da população e produz ¾ da riqueza do estado”, aponta. 
Cazzolato, entretanto, propõe em seu livro uma nova divisão territorial para o Brasil, com 37 unidades da federação – sendo 33 estados, 3 territórios e o distrito federal – e diz que a corrupção não pode nos fazer abandonar planos de melhoria para o país. Veja na figura abaixo como ficaria o novo mapa da federação brasileira segundo a proposta do especialista:
 
Cazzolato entende que a corrupção é uma questão de momento e também uma questão cultural forte, que deve ser combatida, mas não acredita que “devemos matar a vaca por causa dos carrapatos. Mesmo se a vaca estiver cheia de carrapatos, não vamos matar a vaca, vamos tentar tirar os carrapatos. Muita gente diz que em Carajás e Tapajós vão aparecer políticos tradicionais, daqueles que ficam muito tempo no poder e acabam virando donos do estado, como o Sarney no Maranhão ou como foi o Siqueira Campos no Tocantins. Mas temos que acreditar que o processo eleitoral pode reverter isso. Precisamos acreditar nessa possibilidade de mudança e partir desse princípio, caso contrário não adianta fazer nada. Eu quero acreditar que Tapajós e Carajás vão se tornar algo novo, que traga talvez um novo modelo de ocupação, mais comprometido com o meio ambiente, por exemplo. Eu achei que a proposta de divisão territorial para o Pará, pelo menos geograficamente, ficou boa”, avalia. Ele deixa claro, entretanto, que uma boa divisão geográfica não é, por si só, garantia de que os carajaenses e tapajoanos irão para o paraíso com a emancipação. 
Vale tudo
Cazzolato lembra que, em relação ao caso do Pará, foi um senador de Roraima quem apresentou o projeto para a criação de Tapajós, fato criticado pelos que são contra a divisão do estado, mas que, na verdade, a Constituição permite. De certa forma, é como um vale-tudo, porque são muito poucas as regras estabelecidas pela legislação. O plebiscito será realizado só no Pará. “Mas a rigor, deveria ser realizado em toda a federação. O correto seria verificar se o país todo – catarinenses, capixabas, baianos, rondonienses, etc... – está de acordo em ter mais dois sócios (Carajás e Tapajós), porque, afinal de contas, nós somos um clube, uma federação, e essa divisão concerne a todos nós. Mas isso também não está definido na Constituição”, reforça o geógrafo. 
Outro problema é a falta de periodicidade na apresentação das propostas – elas podem ser feitas a qualquer momento e com qualquer frequência. Para Cazzolato, a estrutura territorial da federação só deveria poder ser alterada dentro de intervalos de tempo previstos. “Como fica o planejamento da gestão pública ou mesmo da instalação de uma grande empresa num local onde pode se alterar a divisão territorial a qualquer momento? Nós deveríamos ter prazos estabelecidos para isso, como acontece com as eleições”, defende. 
Ele observa que não há, na Constituição, nem mesmo a indicação de que o Poder Executivo tem que fazer parte das decisões de criação ou fusão de estados, ou seja, é impossível garantir que uma nova divisão estará em harmonia com o resto do país, com os outros entes federativos. Não se discute a divisão territorial do país em nível técnico, somente político. Não há parâmetros estabelecidos que determinem que uma região, para ser um estado, precisa ter certa dimensão territorial, incluir certo número de municípios, arrecadar certo valor, ter certa população, ou mesmo ter sido município antes de ser estado. 
Arranjo territorial: um vestígio do passado e um retrato do presente 
“O Brasil é uma história de emancipações. Nossa história é toda calcada nas conquistas territoriais. Nós começamos com a divisão em capitanias hereditárias e, depois, conforme a população ia ocupando e avançando do litoral para o interior dos estados, foram surgindo demandas de emancipações. Por exemplo, Mato Grosso e Goiás são emancipações da capitania de São Paulo. Ouro foi descoberto naquelas terras e com isso começou a se forjar uma economia nova, um povoamento novo e quase que imediatamente já veio a demanda pelo novo território emancipado”, conta Cazzolato. 
A divisão territorial brasileira espelha a nossa história. O pesquisador lembra que as formas territoriais são sempre um construto histórico, social e coletivo. O território nordestino, por exemplo, é todo picotado, em parte, porque é a região ocupada a mais tempo. “O Brasil, quando começou, era praticamente só o Nordeste. Tanto que a capital do país era Salvador. A cultura canavieira era toda centrada ali. Então, formaram-se cadeias produtivas e núcleos de produção econômica desde aquela época e, portanto, formaram-se também instâncias de identidade e de poder”, lembra Cazzolato. Alagoas, por sua vez, foi criada como retaliação política contra Pernambuco, que sempre sediava movimentos de rebeldia e, como castigo, perdeu parte de seu território. 
Nossa história de divisão territorial acumula vários processos diferentes. Alguns estados se originaram a partir das capitanias hereditárias; outros, devido a ações do governo federal, como, por exemplo, Mato Grosso do Sul, criado no período da ditadura militar. Tocantins surgiu no âmbito da Constituição; Paraná foi emancipado de São Paulo, porque a população daquela região, em troca da emancipação pelo governo central, concordou em não participar de um movimento revoltoso que estava acontecendo na região de Sorocaba, ou seja, a divisão do território foi usada como objeto de barganha política; o Acre, por sua vez, foi comprado da Bolívia; e agora, com a proposta de divisão do Pará, está se inaugurando um processo de plebiscitos.Como observa Cazzolato, a nossa estrutura de divisão territorial é resultado de processos diversos, múltiplos, “sem nunca ter havido um caminho linear até o momento”. Sendo assim, que configuração terá o mapa do Brasil de nossos filhos ou netos?

BOA RECEPTIVIDADE DO PREFEITO JULIO LOSSIO



No dia 01 de Novembro, o prefeito recebeu em seu gabinete a comissão emancipalista de Izacolandia, acompanhados do empresario Vilmar Capelaro, que tambem defende a causa pela emancipação, ambos chegaram a discutir criterios para viabilizar a criação do distrito de Izacolandia. O prefeito de Petrolina, que acompanha o processo das emancipações e por sinal bastante conhecedor de como anda o processo a nível nacional, trouxe a reboque a criação do distrito, como sendo já um planejamento em seu plano diretor da cidade a ser apresentado para população. A comissão após essa data ja passou também por Brasília e por lá receberam também um reforço de peso o Senador Sarney e o deputado federal Sarney Filho, ambos garantiram que a lei vai ser devolvida aos estados. O prefeito Júlio Lóssio garantiu caso seja resolvido o problema em Brasilia, por aquí resolveria imediatamente. A comissão sairam otmista com a posição do prefeito de Petrolina.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Doações para campanhas pela divisão do Pará somam R$ 1,3 milhão; movimento contra separação recebe R$ 242 mil


As campanhas a favor da criação dos estados de Carajás e do Tapajós arrecadaram, até agora, mais de cinco vezes o valor obtido pelos movimentos contrários à divisão do Pará. De acordo com prestação de contas parcial divulgada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as campanhas separatistas arrecadaram juntas R$ 1,3 milhão, enquanto as ações em defesa da manutenção do território paraense receberam R$ 242 mil.
A criação de Carajás é a que mais movimentou doações em ambas as campanhas. A frente favorável à separação da região arrecadou R$ 946,4 mil e a contrária registrou R$ 202,8 mil. Já a separação do Tapajós resultou em R$ 376,3 mil de arrecadação, contra R$ 39,2 mil da campanha oposta.
Os eleitores do Pará votarão no plebiscito sobre a divisão do estado no dia 11 de dezembro. Eles responderão a duas perguntas: a primeira, se eles são a favor ou contra a criação do estado do Tapajós. Em seguida, responderá se é a favor ou não da criação do estado de Carajás. A ordem das perguntas foi definida em sorteio pelo TSE.
Essa foi a segunda prestação de contas da campanha – a primeira ocorreu em meados de outubro. Na última prestação de contas, que deverá ocorrer em 10 de janeiro, serão divulgados os nomes dos doadores e os gastos das campanhas.
Fonte: Agência Brasil

domingo, 20 de novembro de 2011

Salgadália – Alunos entram na luta pela emancipação

O sonho da emancipação pelos moradores do distrito de Salgadália, município de Conceição do Coité, Bahia ja passa de duas décadas, quando o distrito foi incluído entre os possiveis emancipados. 
A comissão de emancipação de Salgadália, ganhou força na manhã de quinta-feira (17), quando os alunos das escolas situadas na sede do Distrito resolveram abraçar ato pela emancipação e realizaram uma passeata que saiu do Colégio Estadual José Ferreira, na Rua do Cemitério, passando pela Praça São José Operário, descendo a José Gonçalves e se concentrando na Praça do Comércio, onde houve diversas apresentações provocativas a liberdade.
Segundo o aluno Bruno Oliveira Rodrigues, 14 anos, coordenador do movimento estudantil, falou de algumas vantagens que Salgadália teria com sua emancipação, a exemplo do fortalecimento em aumentar o conhecimento acadêmico dentro da comunidade, que a muito não tem atingido uma meta significativa, pois o índice de alunos que cursam faculdades e cursos técnicos são muito pouco, isso devido a distancia, pois com uma administração local, tudo fica mais fácil. “Essa historia vai mudar e o movimento estudantil vai sacudir as lutas na defesa da emancipação”, concluiu o oitavonista.
A dona de casa Clécia Queiróz cantou a música de Geraldo Vandré, “para não dizer que não falei das flores” e caminhando o grupo de aproximadamente 200 alunos seguiram cantando: “caminhando e cantando e seguindo a canção, somos todos iguais braços dados ou não, nas escolas nas ruas, campos, construções. Caminhando e cantado e seguindo a canção. Vem vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer”.
A ex-aluna do Colégio José Ferreira, residindo atualmente na cidade de Camaçari, Francineide Silva, encerrou a manifestação lembrando Renato Russo.
Qual a situação de momento 
Foi criada na Câmara dos Deputados uma Frente Parlamentar Mista de apoio à Criação de Novos Municípios que cuida das questões referentes à emancipação de novos Distritos que pleiteiam autonomia político-administrativa que é presidida pelo deputado federal pernambucano José Augusto Maia (PTB)
A Frente Parlamentar já conseguiu colher assinaturas de todos os líderes partidários da Câmara dos Deputados, onde eles se comprometem a apoiar o projeto de lei complementar, que deverá ser encaminhado pelo Governo Federal, com a finalidade de regulamentar o § 4º do Artigo 18 da Constituição Federal que deverá, após ser votado, possibilitar a realização de eleições nos novos municípios o mais breve possível.
“A luta em busca da regulamentação do § 4º do artigo 18 da Constituição Federal se faz necessário, o mais rápido possível, tendo em vista que muitos distritos, em todo o país, já dispõem de número populacional, viabilidade econômico-financeira e político-administrativa para pleitearem suas emancipações. Se tais localidades não conseguirem suas emancipações, ficarão inviabilizadas de crescerem e se desenvolverem, como é o caso de Pão de Açúcar, distrito de Taquaritinga do Norte, e São Domingos, distrito de Brejo da Madre de Deus, ambos em Pernambuco”, disse José Augusto Maia em entrevista a imprensa.
com informações: Blog do Farias

Cobrança para a criação de novos municípios

Enquanto o sentimento na Câmara Federal é de confiança na regulamentação da Emenda Constitucional 15, que devolve aos estados a autonomia para criação de municípios, parlamentares pernambucanos seguem em compasso de espera por uma sinalização positiva do Congresso. Com uma série de atividades engatilhadas para a criação das novas cidades, cobram uma garantia de que as novas regras sejam aprovadas. 

Deputado Odacyr Amorim (PSB-PE)
Segundo o deputado estadual Odacy Amorim, não adianta o Legislativo estadual avançar sem uma sinalização positiva da esfera federal. As comissões de Negócios Municipais e Constituição e Justiça da Alepe preparam uma agenda de visitas aos municípios que se enquadram nas novas regras que estão para ser criadas. O objetivo é verificar as condições de cada cidade, os critérios sócio-econômicos do local e o sentimento da população quanto à aprovação do projeto.
“Vamos visitar, mas estamos esperando um sinal de Brasília. Fui, na semana passada, à cidade e estamos sentindo uma necessidade de um avanço maior. Estive com deputados e senadores e estamos queremos sentir a posição do Congresso, se ele vai regulamentar. Só que não dá para avançar por aqui, se eles não avançam lá”, destacou Odacy. O petista relatou que os parlamentares envolvidos com o tema estão para marcar uma reunião com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e com alguns parlamentares para avaliar o sentimento do Congresso, na próxima semana. “Queremos ver se eles vão nos garantir que essa pauta será priorizada”, ponderou.
Ao todo, 28 projetos correm no Legislativo estadual pedindo a emancipação de distritos pernambucanos. No entanto, segundo a avaliação das comissões de Negócios Municipais e de Constituição, Justiça e Redação da Alepe, apenas 12 se enquadram nas condições que serão exigidas pela lei. O critério avaliado foi a exigência do número mínimo de 8.300 habitantes no distrito. O grupo ainda avalia a situação de mais dois municípios que podem ser acrescentados à lista.
Presidente da Frente Parlamentar Mista de Apoio à Criação de Novos Municípios, o deputado federal José Augusto Maia (PTB) se mostrou confiante na aprovação. “Quando iniciamos este trabalho tinha uma resistência muito grande do Congresso que achava que viraria uma farra a criação de municípios. Mas, com a adoção de critérios, conseguimos convencer que não será uma coisa aleatória”.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Proposta do governo que regula as emancipações, deve tramitar ainda esse mês.


Segundo informações ao telefone, o membro da comissão de Izacolandia, foi informado pelo gabinete do deputado Federal Gonzaga Patriota, que o senador José Sarney atual presidente do senado federal conseguiu apoio de câmara e do senado, para que a proposta do governo comece a tramitar em uma das casas. Os parlamentares estão analizando onde primeiro vai tramitar, pois como de prache as duas casas devem apreciar o projeto. Sabendo-se que este parte do governo federal, acredita-se na aprovação, pois não há resistência do senado e câmara federal.

ALGUMAS FOTOS DA TRAJETORIA DO MOVIMENTO DE EMANCIPAÇÃO DE IZACOLANDIA

Bingo beneficente pró-Brasilia

Reunião Mansueto de Lavor

Mansueto de Lavor

Ass. São Francisco

Areas Irrigada da região (empresa que apoia Izacolandia Cidade)

Distrito sede de Cristália

Cristália

Simpatia

Alto da Areia

Alto da Areia

Alto da Areia

Alto da Areia

Simpatia

São José Ramos

Jorge Garziera, recebendo comissão de emancipação

PREFEITO JULIO LÓSSIO, RECEBE COMISSÃO

REUNIÃO COM PREFEITO

GABINETE DO PREFEITO

Presidente da ALEPE, Guilherme Uchoa, Recebe comissão em seu gabinete

Deputado José Augusto divulga o apoio de 13 líderes de bancada na Câmara Federal para que os Estados voltem a ter autonomia para criar novos municípios

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O deputado José Augusto Maia (PTB), presidente da Frente Parlamentar Pró Criação de Novos Municípios, divulgou em Brasília nesta quinta-feira a relação dos 13 lideres de bancada que estão a favor da regulamentação do artigo da Constituição para que os Estados voltem a ter autonomia para criar novos municípios.

  
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Com Informações do Blog Inando Sampaio

Comissão de Emancipação e Associação dos moradores farão confraternização em 1º de 2012.


A comissão de Emancipação e Associação de moradores, irão realizar dia 01 de Janeiro de 2012, uma confraternização para fortalecer ainda mais a unidade pelas lutas em prol da futura cidade, desta  vez  com descontração os membros vão promover um amigo secreto para começar 2012 mais unidos e animados para continuar a enfrentar o dilema da emancipação. A idéia partiu da Associação de Moradores que caminha alinhado com a comissão de emancipação.  Para Júlio Cesar que preside a comissão, isso mostra confiança em todos, mesmo sabendo que a cidade vai chegar somente pós eleições municipais, talvez a ultima a pertencer a Petrolina, mas nós fortaleceremos ainda mais os nossos movimentos.

Campanha da divisão do Pará para dividir o estado, chega a TV e rádios.

G1 publica série mostrando expectativa dos paraenses sobre o plebiscito.

Programação plebiscito (Foto: Editoria de Arte/G1)
Começou dia (11) a campanha no rádio e na TV das frentes contra e a favor a criação dos estados de Carajás e Tapajós. O plebiscito que vai definir se os paraenses querem ou não o desmembramento do estado será realizado no dia 11 de dezembro.

Os eleitores do Pará irão à urnas para responder a duas perguntas: “Você é a favor da divisão do estado do Pará para a criação do estado do Carajás?” e “Você é a favor da divisão do estado do Pará para a criação do estado do Tapajós?”.

Em um possível cenário de divisão do Pará, o futuro estado de Carajás será composto por 39 municípios, tendo Marabá como capital; o estado de Tapajós, 27 municípios, e Santarém como capital; e o novo Pará, 77 municípios, e Belém continuaria sendo a capital.

Os paraenses ouvidos pelo G1 que defendem o “não” afirmam que todo o Pará sairá perdendo com a separação. Já os moradores de regiões distantes de Belém, como Marabá e Santarém, defendem que só um governo mais próximo poderá gerar mais emprego e melhorar a infraestrutura básica, diminuindo a pobreza e a violência.
belem pescador clementino da silva lisboa (Foto: tahiane stochero/g1)
O pescador Clementino da Silva Lisboa, em Belém 
(Foto: Tahiane Stochero/G1)
Caso haja a separação, o novo Pará fica com 64% da população em apenas 17% da área do atual estado. Já Tapajós será o maior em extensão, com 59% da área territorial, e abrigará a futura Usina Hidrelétrica de Belo Monte, mas com uma população e um PIB menores.

Carajás, com 24% do território, abriga cidades com alto fluxo migratório devido às riquezas minerais e aos movimentos rurais. Segundo dados do Ministério da Justiça, o avanço do crack e do oxi fazem com que o estado já nasça contendo as cidades mais violentas do país.

Na região metropolitana de Belém, o “não” à separação está estampado em faixas e cartazes. “Acho que o estado deve continuar unido para crescer. Se dividir, todo mundo vai perder, porque vão separar todas as riquezas do estado e só vai gerar mais cargos para os políticos”, acredita a professora Maria Teodora, de 59 anos.

No mercado público Ver-o-Peso, próximo ao porto, moradores da região discutem o tema. “É claro que quem mora em Belém sai perdendo. As riquezas ficariam todas com Carajás. Eu vou votar no não”, diz o vendedor Roberto Gomes Menezes.

Já o pescador Clementino da Silva Lisboa diz que deve estar pescando dourado no Amazonas no dia do plebiscito. "Sempre fico semanas longe da terra. Acho que não devo votar. Mas meus filhos vão", afirma.
belem mercado municipal (Foto: Tahiane Stochero/G1)
População conversa no mercado público Ver-o-Peso, em
Belém (Foto: Tahiane Stochero/G1)
No interior do estado, o “sim” parece prevalescer. As campanhas pró-Carajás e pró-Tapajós trabalham juntas  e defendem que só a separação fará com que haja desenvolvimento nas regiões onde a população reclama principalmente de problemas nas áreas de saúde, segurança e transportes.

Para vencer nas urnas, apesar do menor número de eleitores nessas regiões, os defensores da criação dos dois novos estados apostam no feriado de Nossa Senhora da Conceição, em 8 de dezembro. Acreditam que a população do novo Pará, principalmente de Belém, deve viajar no feriado e ficar longe do domicílio eleitoral.
marabá porco (Foto: Tahiane Stochero/G1)
Mercearia de Raimundo Nonato, em Marabá (Foto: Tahiane Stochero/G1)
Em Carajás, a dúvida é se a alta porcentagem de moradores procedentes de outros estados vota no Pará. Segundo o IBGE, quase um terço da população de Marabá não nasceu no estado.

Na região, até mesmo os “estrangeiros”, a maioria procedente de Maranhão, Piauí, Goiás e Tocantins, defendem a separação. “É um absurdo o atraso em que vivemos, sem asfalto, sem esgoto, nessa violência.

O dinheiro vai todo para a capital”, diz o cearense Jai de Sá Crato. “Não tem como piorar separando. Se os impostos que arrecadarmos ficarem aqui na região, terá mais investimento. Só pode melhorar. Marabá não tem nada”, desabafa o comerciante Raimundo Nonato, que expunha em frente a sua mercearia a carne de um porco recém-abatido.

Em Santarém, a discussão gerou análises sobre os pontos positivos e negativos nas comunidades e a campanha pela criação de Tapajós está estampada em casas e é tema de conversas em barcos na orla. “Eu vou votar no sim. A maioria do povo viaja de barco, mas para o dia do plebiscito nos programamos para ficar na comunidade”, diz ao G1 a dona de casa Mariluce Branco, enquanto embarca para uma viagem de sete horas pelo Rio Tocantins até a comunidade ribeirinha de Lago Grande.
Divisão do Pará (Foto: Editoria de Arte/G1)

PolíticosO economista Celio Costa, contratado pelas campanhas pró-separação para analisar a viabilidade de Tapajós e Carajás, diz que, caso haja a divisão, “os três estados terão sobrevivência financeira e os dois novos receberão recursos da União que hoje não têm acesso”. Pelos cálculos de Costa, do total do orçamento do Pará em 2010 (aproximadamente R$ 10,54 bilhões), cerca de 88% foram gastos na área do novo Pará; 8%, em Carajás; e 4%, em Tapajós, que é o maior em área.

Quando se analisam os investimentos (cerca de R$ 1,03 bi em 2010), 83,5% foram feitos no novo Pará, na região metropolitana de Belém; 11,5% (cerca de R$ 150 milhões), em Carajás; e 5% (R$ 69 milhões), em Tapajós, diz o economista com base no balanço do governo do Pará divulgado no Diário Oficial do estado.
 pobreza belém área de palafitas sem esgooto na beira do rio (Foto: Tahiane Stochero/G1)
Area de palafitas sem esgooto na beira do rio, em Belém
(Foto: Tahiane Stochero/G1)
Líder da frente pró-Carajás, o deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA) afirma que o desmembramento trará desenvolvimento. “Se separar, o progresso chegará nestas regiões. É um absurdo a situação de pobreza e falta de esgoto e asfalto nestas áreas. 40% da população do Pará vive abaixo da linha da pobreza e 20%, na miséria, com menos de R$ 70 por mês”, afirma.

Defensor da criação de Tapajós, o deputado estadual João Salame (PPS) diz que só com a separação “o governo ficará mais próximo do povo, entendendo os problemas e podendo aplicar melhor os recursos”. “Nossa arrecadação fica toda com o que é o novo Pará”, diz.

Para o deputado estadual Celso Sabino, que chegou a ingressar no STF contra a realização do plebiscito e está à frente da campanha do “não”, a hipótese de maior desenvolvimento caso haja a divisão não procede. “O erro começou com o desenho dos dois novos estados, que foi decidido em um grupo de políticos e não feito a partir de estudos antropológicos sobre o anseio da população. Os três estados acabarão mais pobres do que estamos hoje. Não é dividir, mas sim, endividar”, acredita.

Em Belém, as sedes dos comitês contra a separação funcionam dentro da Associação Comercial do Pará. “Achamos que o plebiscito só vai acirrar os ânimos, jogar a população contra si mesma e não trará progresso.

Não existe nada que comprove que o novo Pará irá perder com a separação, mas o que estudamos é que todo o estado deixa de ganhar”, diz Sérgio Bitar, presidente da entidade.

PlebiscitoSegundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a votação no dia 11 de dezembro será feita nas seções eleitorais das 8h às 17h e a apuração do resultado será iniciada após a conclusão do pleito, de acordo com os moldes das eleições tradicionais.
 
Tahiane Stochero Do G1, em Belém, Santarém e Marabá